BPC para Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) I73.9: saiba tudo!

O BPC para DAOP (Benefício de Prestação Continuada para Doença Arterial Obstrutiva Periférica), identificada pelo CID I73.9, é um benefício assistencial crucial para muitos brasileiros que enfrentam esta condição debilitante. Para aqueles que sofrem com as dificuldades financeiras decorrentes desta doença, o BPC oferece um suporte essencial. Este artigo visa esclarecer os aspectos jurídicos e práticos da obtenção do BPC para portadores de DAOP, destacando a importância do auxílio de advogados especializados em direito previdenciário neste processo complexo.

Compreendendo a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP)

A DAOP, também conhecida como doença arterial periférica, é caracterizada pela obstrução das artérias que fornecem sangue para os membros, principalmente para as pernas. O CID I73.9 é utilizado para classificar esta condição no sistema de saúde. Os principais sintomas incluem:

  • Dor nas pernas ao caminhar (claudicação intermitente)
  • Dormência ou fraqueza nas pernas
  • Pele fria nos membros afetados
  • Feridas que não cicatrizam nos pés ou pernas

As complicações da DAOP podem ser graves, incluindo risco de amputação em casos avançados. Esta condição afeta significativamente a capacidade laboral do indivíduo, especialmente em profissões que exigem longos períodos em pé ou caminhadas frequentes.

Critérios para concessão do BPC para DAOP

Para obter o BPC, os portadores de DAOP (CID I73.9) devem atender a dois critérios principais:

  1. Comprovação de baixa renda: a renda per capita familiar deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo.
  2. Incapacidade de prover o próprio sustento devido à deficiência.

A DAOP pode se enquadrar nos critérios de concessão do BPC quando a condição é grave o suficiente para impedir o trabalho e a autonomia do indivíduo. A avaliação médica e social realizada pelo INSS é crucial neste processo. Nossa equipe de advogados conta com médicos especializados, o que nos permite uma compreensão aprofundada do quadro clínico de nossos clientes, aumentando as chances de sucesso na obtenção do benefício.

Processo de solicitação do BPC para DAOP

Critérios para concessão do bpc para daop

O processo de solicitação do BPC para portadores de DAOP envolve os seguintes passos:

  1. Agendamento no INSS
  2. Preparação da documentação necessária, incluindo laudos médicos detalhados
  3. Perícia médica e avaliação social

É importante ressaltar que muitos pedidos são inicialmente negados devido à complexidade da avaliação da DAOP. Um advogado especializado pode auxiliar na preparação adequada da documentação e, se necessário, recorrer de decisões desfavoráveis.

Jurisprudências favoráveis

A jurisprudência tem sido favorável em muitos casos de concessão do BPC para pessoas com DAOP. Vejamos algumas decisões relevantes:

Decisão do TRF-4:

“O Tribunal, considerando a gravidade da DAOP apresentada pelo autor, bem como sua condição socioeconômica, entendeu que estavam preenchidos os requisitos para a concessão do BPC, conforme previsto na Lei 8.742/1993.”

Decisão do TRF-3:

“Reconheceu-se que a DAOP, classificada sob o CID I73.9, impossibilitava o requerente de exercer atividade laboral, atendendo aos critérios estabelecidos no Decreto 6.214/2007 para a concessão do benefício assistencial.”

Decisão do TRF-1:

“O colegiado, analisando o laudo pericial que atestava a severidade da DAOP do autor, decidiu pela concessão do BPC, entendendo que a doença o impedia de participar plena e efetivamente na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”

Estas decisões demonstram a importância de uma argumentação jurídica sólida, baseada em evidências médicas robustas, para a obtenção do BPC nos casos de DAOP.

Casos de sucesso do escritório de advocacia

Caso em São Paulo-SP:

Cliente: Homem de 58 anos, ex-motorista de ônibus.

Desafio: Pedido inicial negado pelo INSS.

Atuação: Recorremos administrativamente, apresentando laudos médicos detalhados e argumentação jurídica baseada em jurisprudências favoráveis.

Resultado: BPC concedido após recurso, garantindo suporte financeiro ao cliente.

Caso em Fortaleza-CE:

Cliente: Mulher de 45 anos, ex-vendedora.

Desafio: Dificuldade em comprovar a incapacidade laboral.

Atuação: Realizamos perícia médica particular e elaboramos dossiê médico completo.

Resultado: BPC concedido judicialmente, após ação contra o INSS.

O que é o BPC?

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um benefício assistencial garantido pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele assegura o pagamento de um salário-mínimo mensal (atualmente R$ 1.420,00) a pessoas idosas, com 65 anos ou mais, e a pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem não ter meios de prover sua própria subsistência nem de tê-la provida por sua família.

Nesse caso, vamos analisar o BPC voltado à Deficientes!

Características do BPC

O BPC é um benefício de natureza assistencial, diferindo dos benefícios previdenciários tradicionais, como aposentadorias e pensões, que são baseados em contribuições ao INSS. Algumas características específicas do BPC incluem:

Valor: O BPC corresponde a um salário-mínimo mensal. No entanto, é importante destacar que esse benefício não inclui o pagamento de 13º salário, diferentemente de outros benefícios previdenciários.

13º Salário: Embora existam projetos de lei tramitando para incluir o 13º salário no BPC, até o momento, essa proposta ainda não é uma garantia legal. A Ribeiro Cavalcante Advocacia preza pela transparência e ética, informando aos seus clientes apenas certezas baseadas na legislação vigente, sem vender falsas esperanças. É possível que no futuro o 13º salário seja aprovado para o BPC, mas, até lá, os beneficiários devem contar apenas com o valor atual, sem a expectativa desse pagamento adicional.

Personalidade: O BPC é um benefício personalíssimo, o que significa que ele é concedido exclusivamente ao beneficiário e não gera direito à pensão por morte. Assim, ao falecimento do titular, o benefício é automaticamente cessado.

Pensão por Morte e o BPC

Embora o BPC, por sua natureza assistencial, não deixe pensão por morte, existem situações específicas em que a família pode buscar alternativas para garantir uma forma de proteção após o falecimento do beneficiário. Poucos sabem disso.

A Ribeiro Cavalcante Advocacia pode oferecer orientação jurídica sobre esses casos específicos, avaliando a situação familiar e sugerindo possíveis caminhos legais para proteger os direitos dos dependentes. No entanto, é importante reforçar que cada caso deve ser analisado individualmente, e as possibilidades devem ser discutidas com base na legislação vigente e nos direitos adquiridos pelo falecido.

Requisitos para Receber o BPC por Deficiência

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito assegurado pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Ele garante o pagamento de um salário-mínimo mensal (atualmente R$ 1.420) para pessoas com deficiência que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Deficiência

A deficiência, no âmbito do BPC, é definida como qualquer impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que possa dificultar a participação plena e efetiva da pessoa na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. A deficiência pode manifestar-se de várias formas:

  • Deficiência Física: Envolve limitações motoras ou físicas que afetam a mobilidade ou outras funções corporais.
  • Deficiência Mental: Refere-se a transtornos ou condições que afetam o funcionamento mental, como transtornos psiquiátricos.
  • Deficiência Intelectual: Envolve limitações no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, que afetam habilidades como raciocínio, aprendizado e resolução de problemas.
  • Deficiência Sensorial: Inclui perdas significativas em sentidos como a visão ou audição.

Impedimento de Longo Prazo

Aliás, há outro tópico critério de longo prazo é um requisito fundamental para que uma deficiência seja considerada na concessão do BPC. Esse critério determina que a deficiência deve ter uma duração mínima prevista de dois anos ou mais. A definição de longo prazo serve para diferenciar condições temporárias ou transitórias de impedimentos que realmente impactam de maneira duradoura a vida da pessoa.

Renda Familiar

Para se qualificar ao BPC, a renda mensal bruta familiar per capita deve ser inferior a 1/4 do salário-mínimo vigente, o que atualmente equivale a R$ 355,00.

Atenção: Em casos específicos, a renda pode ser flexibilizada. A Ribeiro Cavalcante Advocacia, com sua vasta experiência em direito previdenciário, pode auxiliar na análise detalhada do caso, buscando uma interpretação que permita a concessão do benefício mesmo em situações onde a renda ultrapasse ligeiramente o limite estabelecido. Com a assistência de um advogado especializado, é possível demonstrar outras formas de vulnerabilidade que justifiquem a concessão do BPC, mesmo que a renda bruta per capita seja um pouco maior.

Cadastro no CadÚnico

A inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) é obrigatória para o requerente e sua família. O CadÚnico é uma base de dados utilizada pelo governo para selecionar beneficiários de programas sociais.

Avaliação Social e Médica

O INSS realiza uma avaliação social e médica para verificar a existência e a gravidade da deficiência. Esta avaliação é conduzida por assistentes sociais e peritos do INSS, e é crucial para a concessão do benefício.

Não Receber Outros Benefícios

O solicitante não pode estar recebendo outro benefício previdenciário ou assistencial, exceto em casos de pensão especial de natureza indenizatória ou auxílio-acidente.

Avaliação da Deficiência e do Critério de Longo Prazo para BPC

A verificação da deficiência e do seu caráter de longo prazo é realizada por meio de uma avaliação social e médica conduzida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS ). Essa avaliação é essencial para determinar se a condição da pessoa se enquadra nos requisitos necessários para a concessão do BPC. O processo é realizado por peritos médicos e assistentes sociais, que examinam cuidadosamente diversos aspectos:

Laudos Médicos: Documentos que descrevem a natureza da deficiência, detalhando sua gravidade e fornecendo uma estimativa da duração prevista. Esses laudos são fundamentais para comprovar que a condição é de fato crônica e duradoura.

Relatórios de Saúde: Estes relatórios reúnem informações sobre o histórico médico do solicitante, incluindo tratamentos realizados, medicamentos prescritos, e qualquer outra intervenção terapêutica. Eles ajudam a compor um quadro completo do estado de saúde da pessoa e da necessidade de suporte contínuo.

Impacto no Cotidiano: Avalia-se o quanto a deficiência interfere na capacidade do indivíduo de realizar atividades diárias e de participar plenamente da vida em sociedade. Esse aspecto é crucial para demonstrar o grau de dependência e vulnerabilidade social causado pela deficiência.

Para garantir que o pedido de BPC seja avaliado corretamente, é vital que a pessoa com deficiência apresente documentação médica detalhada e atualizada. Dada a complexidade da interpretação desses critérios, o apoio de um advogado especializado pode ser essencial. Um advogado pode assegurar que todos os aspectos relevantes da condição sejam considerados, aumentando as chances de que o benefício seja concedido de forma justa.

Conclusão

A obtenção do BPC para portadores de DAOP (CID I73.9) é um direito fundamental, mas que frequentemente requer suporte jurídico especializado. Nosso escritório de advocacia, com expertise em direito previdenciário e uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, está preparado para atuar em todo o território nacional, maximizando as chances de sucesso de nossos clientes.

Se você ou alguém que você conhece sofre de DAOP e enfrenta dificuldades financeiras, não hesite em buscar seus direitos. Um advogado especializado pode fazer a diferença entre a concessão e a negação deste importante benefício.

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